Objetivo: Analisar a prática do processo de cuidar nas crianças hospitalizadas junto com sua família. Metodologia: O estudo foi do tipo relato de experiência, baseando-se na observação participante, que teve como foco cinco crianças internadas num hospital publico em Belém, durante o atendimento realizado por acadêmicas de enfermagem por ocasião da atividade curricular Enfermagem Pediátrica no 3º período letivo de 2008. Resultados: A experiência na prática do cuidar de criança hospitalizada requer uma relação de afetividade entre a tríade criança-familia-equipe de enfermagem, para a concretização do processo de cuidar. Refletimos sobre o que vivenciamos. Passamos por desconforto ao presenciar medo, ansiedade e tristeza da criança hospitalizada e família, mas entendemos que o cuidado vai além de procedimentos técnicos. “Esta experiência revelou que o processo de internação de uma criança é muito sofrido, e que por vezes leva a desestruturação familiar. Isto promoveu a experiência do cuidar humanizado da enfermagem, pois não tinha nada mais satisfatório em poder cuidar do próximo e vê seu conforto físico e psicológico” (F1). “O cuidar de criança hospitalizada envolve maior sensibilidade sendo necessário o apoio familiar. Estes algumas vezes se tornam resistentes em participar do cuidado, talvez por medo, insegurança de fazer algo errado ou porque simplesmente ainda não entenderam que durante a internação a participação da família é essencial” (F2). Conclusão: A hospitalização da criança é uma situação crítica e delicada tanto para criança e/ou família quanto para equipe hospitalar. Não é tarefa fácil. Durante a internação percebemos a importância da família no processo de cuidar. É na família que a criança busca apoio, orientação, proteção para o desconhecido e para o sofrimento. O enfermeiro que opta pelo "cuidar de crianças" deve buscar a compreensão do fenômeno, apoiando, protegendo e fortalecendo o relacionamento dos pais com a criança durante a hospitalização.