Neste trabalho objetivou-se conhecer a percepção de mulheres-mãe, moradoras do bairro Benguí, a cerca do processo saúde-doença envolvendo o surgimento de parasitoses intestinais e a relação com suas condições sócio-política e econômica. Além de buscar identificar os nós críticos que estas moradoras relacionam ao desenvolvimento das parasitoses intestinais e desvelar como vêem a responsabilidade do Estado e a sua própria responsabilidade quanto ao favorecimento das condições necessárias ao desenvolvimento das enteroparasitoses. O método utilizado foi a Teoria de Intervenção Práxica de Enfermagem em Saúde (TIPESC), que visa à captação, interpretação e construção do projeto de intervenção na realidade objetiva pesquisada. Foram entrevistadas 13 moradoras, traçado o perfil sócio-econômico de sua família, revelado os pontos de vulnerabilidade/ capacidade no tocante a problemática das parasitoses intestinais e buscado as maneiras de superação da realidade dada. Neste sentido, foi observado que muitas as moradoras têm conhecimentos a respeito das maneiras de adquirir parasitoses, além de maneiras de combatê-las na dimensão singular, mas, também, anseiam por medidas que tocam na dimensão coletiva de suas vidas. Para isto, aponta-se que a postura profissional enfermeiro pode ser pautada na superação das questões mais emergências do cotidiano de cada indivíduo, no entanto, sem perder do horizonte as totalidades superiores da vida social que determinam as distintas maneiras de viver, capacidade de enfrentar e conceber os processos coletivos referentes ao contínuo saúde-doença que se ligam diretamente a forma como este indivíduo-coletivo se insere na maneira de produção e reprodução da vida em sociedade, primando assim pela visão integral do ser humano, enquanto ser social. Unitermos: Parasitoses intestinais, mulheres-mãe, determinação do processo saúde-doença.