A Doença Hipertensiva Específica da Gestação (DHEG) segundo REZENDE (1995), surge após a vigésima quarta semana gestacional, sendo mais freqüente no terceiro trimestre e se estende até o puerpério. Caracteriza-se por apresentar hipertensão arterial, edema e/ou proteinúria, podendo culminar com convulsões e coma. No que se refere à morte materna, no Brasil, as síndromes hipertensivas constituem a sua primeira causa. A DHEG é uma das complicações mais comuns e de maior morbimortalidade materna e perinatal ocupando o primeiro lugar dentre as afecções próprias do ciclo grávido-puerperal (OPAS, 1996). Há maior incidência de pré-eclâmpsia nas gestantes que fizeram pouco ou nenhum tratamento pré-natal (Sachs, 1987). A pré-eclâmpsia ou DHEG, possui uma gama de teorias etiopatogênicas que Zweifel, há mais de um século, designou a enfermidade de “moléstia das teorias”. O objetivo desse trabalho é conhecer e descrever a fisiopatologia e o processo assistencial de enfermagem na DHEG. Foi realizada uma abordagem qualitativa descritiva do tipo estudo de caso clínico na enfermaria de alto risco (Santa Terezinha) da Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará (FSCMPa), sendo usado como método entrevista de coleta de informações e análise de prontuário. Alguns resultados encontrados apontam para o preenchimento precário e insuficiente de diversos dados do prontuário, o que dificulta a realização da avaliação da qualidade da assistência prestada, a identificação dos indicadores de saúde, do perfil epidemiológico e a realização de pesquisas. Enquanto um instrumento de trabalho, o diagnóstico de enfermagem proporciona ao enfermeiro um plano de ação, que o aproxima de seu objeto de trabalho através de ações anteriormente refletidas, embasado nos problemas detectados no paciente e, portanto, a produtividade espelha a sensível melhora no processo de trabalho através da qualidade das ações.