O evento da internação hospitalar é um acontecimento importante na vida das pessoas e que, muitas vezes, requer a presença de um acompanhante. A partir disso, essa pesquisa teve como objetivo compreender as vivências dos acompanhantes na internação hospitalar em uma unidade cardiológica. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, com abordagem compreensiva, realizada no Hospital de Messejana Dr. Carlos Alberto Studart Gomes, hospital público em Fortaleza/CE, com participação de nove sujeitos, no período de internamento de seu familiar em uma unidade de cardiologia, entrevistados em outubro de 2008. A análise dos discursos foi fundamentada em Martins (1992) e aconteceu em três momentos: descrição, redução e análise compreensiva, dos quais emergiram duas categorias, nomeadas como: O sentido de ser acompanhante e A convivência no cotidiano hospitalar. A primeira categoria relata a verdadeira definição de ser um acompanhante e o seu sentimento frente essa experiência. A segunda categoria revela o convívio diário com a incerteza, o medo e a impotência, tendo, portanto que recorrer à ajuda espiritual e o apoio dos profissionais de saúde e de outros acompanhantes da mesma unidade de internação para adquirir forças para a luta diária com a rotina. Os participantes do estudo trouxeram em seus discursos o verdadeiro significado de ser um acompanhante e o seu sentimento a respeito dessa experiência frente a um internamento na maioria das vezes tão prolongado e que envolve sentimentos e ações envolvidas no ato de “esperar” por algum tratamento seja clínico ou cirúrgico. Os resultados obtidos nesse estudo favorecem para o conhecimento das vivências de um grupo de acompanhantes em uma unidade de internamento com características em comum, fazendo com que se possa implantar uma assistência integral e individualizada, continua e individualizada voltadas para as necessidades tanto dos pacientes quanto para os acompanhantes durante o período de internamento hospitalar.