INTRODUÇÃO: A doença mental mais grave até hoje estudada é a esquizofrenia. A hebefrenia, um tipo de esquizofrenia, costuma surgir precocemente, entre os 15 e 25 anos, sendo caracterizada por desorganização da afetividade, com embotamento do afeto, comportamento pueril e risos imotivados. Objetivou-se conhecer o comportamento e necessidades apresentadas pela paciente AVL, 37 anos, internada em unidade psiquiátrica de um hospital universitário de referência de Fortaleza. METODOLOGIA: Relato de experiência cuja atividade foi realizada por duas acadêmicas de Enfermagem e aconteceu em seis momentos, no mês de junho de 2009, durante a prática de saúde mental da disciplina de Enfermagem no Processo de Cuidar do Adulto II do Curso de Graduação em Enfermagem da UFC. Foram utilizadas várias tecnologias baseadas no relacionamento terapêutico: conversa inicial, manutenção do vinculo formado, realização de uma festa de São João e valorização da auto-estima com melhora da auto-percepção. ANÁLISE DOS RESULTADOS: AVL, inicialmente retraída e conversando apenas com respostas monossilábicas, apresentou-se no último encontro com maior disposição para a participação em atividades grupais e melhora da relação com a mãe, com os profissionais de saúde e com os outros pacientes. Mostrou-se mais interativa e com melhora da sua aparência física. Os últimos encontros foram marcados por várias mudanças benéficas no comportamento. Percebe-se que sentir-se inclusa em meio social que a tratou como uma pessoa como todas as outras a fez modificar a sua forma de se relacionar com o mundo e enfrentar as dificuldades. CONCLUSÃO: Conclui-se que a assistência de Enfermagem de qualidade e baseada no relacionamento terapêutico a uma pessoa em sofrimento mental é de extrema importância, pois esta necessita de um cuidado holístico. É preciso conhecer a sua história de vida, compreender seu comportamento e, principalmente, mostrar-se aberto a formação de vínculo com o paciente, isento de preconceitos.