Introdução: A gravidez na adolescência tem se tornado um assunto de interesse e preocupação acadêmica, social e governamental, justificada pelo aumento da freqüência de ocorrência e pelas conseqüências a ela associadas. A gestação e o nascimento representam fases de mudanças com transformações e incertezas que acompanham a aquisição de novos papéis e responsabilidades. Para muitos homens, sentir-se pai é um fato que só ocorre posteriormente ao nascimento, em alguns casos esse sentimento nem é perceptível assim como o peso da responsabilidade que esse evento pressupõe. Objetivo: Examinar a produção científica nacional e internacional sobre os sentimentos vivenciados diante da paternidade na adolescência. Método: Envolve um estudo bibliográfico utilizando fonte de dados secundária. Foram selecionados os descritores “paternidade”, “adolescente” e “emoções” e inseridos na base de dados do Bireme. A pesquisa resultou em três artigos publicados entre os anos de 2001 e 2009. Resultados: A análise dos artigos demonstrou que dos três encontrados, apenas dois atendiam ao objetivo do estudo. O primeiro deles trata de uma pesquisa com a família do pai adolescente, nas suas três gerações, abordando os sentimentos diante da paternidade. Nos resultados os sentimentos positivos sobressaíram os negativos. O segundo artigo examina as semelhanças e particularidades nas expectativas e sentimentos em relação à paternidade vivenciados por adolescentes e adultos que esperavam seu primeiro filho. Concluiu-se que a idade nem sempre é um fator determinante nessa transição para a paternidade. Conclusão: O estudo revelou que ainda existem poucas produções científicas acerca do assunto abordado. Embora a temática da paternidade venha chamando a atenção de estudiosos nos últimos anos, o olhar da maioria das pesquisas ainda é a maternidade. Isso ocorre provavelmente pela cultura e organização da sociedade tradicional, em que resta ao pai uma posição mais distante do contexto familiar.