A ação educativa, especialmente no campo da Saúde Pública, apresenta-se como instrumento importante na melhoria da qualidade de vida das pessoas. Quando o cenário é a escola constata-se que programas focalizados em temas relativos a hábitos saudáveis assim como no atendimento das necessidades da criança na fase pré-escolar estimulam o autocuidado, sendo, portanto, eficientes em aumentar conhecimentos e mudar atitudes. Desse modo, objetivou-se desenvolver intervenções educativas em saúde para crianças oriundas de famílias de baixa renda em uma escola visando incentivar o interesse na higiene pessoal. Trata-se de um relato de experiência que se desenvolveu no período de maio a junho de 2009 com alunos que cursam entre o infantil 2 e 5 com idades entre 2 a 5 anos de uma escola de rede privada, situada em um bairro da periferia de Fortaleza-CE. Realizou-se estratégias educativas por meio do teatro de bonecos sobre pediculose e peça teatral sobre micose, de modo que no decorrer foi relatado histórias sobre as patologias, explanando definições, sintomatologia, formas de transmissão e tratamento, enfocando a importância da higiene pessoal. A partir dos resultados, pôde-se inferir que o lúdico utilizado como intervenção educativa para crianças apresenta resultados significativos no aprendizado, uma vez que após a encenação foi percebido o interesse das crianças em participar ativamente das discussões, assim como da realização da higiene pessoal, tanto do couro cabeludo com xampu parasiticidas seguido do pente fino como do corpo. O presente trabalho reforça a necessidade em sensibilizar profissionais da saúde em oportunizar a escola como espaço facilitador no desempenho escolar, adequando a transmissão de informações a estratégias que facilitem a absorção do conhecimento de modo a incentivar as crianças a desenvolver sua higiene pessoal.