O registro vacinal é um importante insumo para o controle individual e coletivo das informações concernentes a imunização no Brasil. Este trabalho trata-se de um relato de experiência cujo objetivo principal é expor percepções sobre o cartão de vacinação, atualmente utilizado nas unidades básicas de saúde, no controle individual de imunizações. As experiências referidas neste relato foram adquiridas no decorrer de um estágio na sala de vacinação do Centro de Saúde Yolanda Rabelo de Petrolina-PE, em maio de 2009. Onde, é cotidianamente observado pela equipe de saúde do setor o elevado número de usuários que não apresentam o cartão de vacinação no ato das imunizações, o que dificulta substancialmente o trabalho no setor. Este achado habitual nos suscitou a evidenciar as debilidades que existem na constituição física, armazenamento de informações e uniformização deste, o que propiciam sua perda, degradação ou mesmo a sua não utilização nos esquemas vacinais. Assim como, dificulta a identificação do histórico de imunizações dos usuários. Tais achados tornam questionável a eficiência do cartão de vacinação, para o acompanhamento e controle individualizado das informações de imunização, assim como, a sua capacidade real de proporcionar o adequado seguimento dos esquemas vacinais, e, promover o seu principal objetivo de existência: a ruptura dos ciclos de transmissão de doenças infectocontagiosas. Logo, a partir desta experiência, ficou evidenciada a necessidade da formulação de políticas públicas mais efetivas para o aprimoramento e superação das problemáticas levantadas. As modernizações ocorridas na sociedade atual, discrepantes em relação ao período de criação do cartão de vacinação, suscitam a necessidade do aperfeiçoamento deste, e, os sistemas de informação podem ser uma importante ferramenta para obtenção desta melhoria.