O estudo tem como objetivo analisar a Qualidade de Vida (QV) dos Residentes do Programa Saúde da Família de Montes Claros/MG. Trata-se de um estudo descritivo com abordagem quantitativa. Utilizou-se o instrumento WHOQoL - Bref do Programa de Saúde Mental para avaliar QV. Ele é composto por 26 questões, duas são gerais para QV, as demais representam as 24 facetas distribuídas em 4 domínios: Físico, Psicológico, Relações Sociais e Meio ambiente. Os dados foram analisados através do programa estatístico SPSS versão 10. O projeto foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Unimontes, sob o Parecer Consubstanciado de n° 495/06. Participaram 42 residentes. A maioria é de jovens (78,5%) com média de idade de 29,21 anos, do sexo feminino (64,3%) e solteiros (59,5%). Majoritariamente, são provenientes da cidade de Montes Claros (60%) e graduados pela Unimontes (64%). Os participantes avaliaram sua formação como “Muito Boa” (52,4%) e como “boa” (47,6%). Ao considerar Qualidade de Vida Geral, 71,42% dos enfermeiros apresentaram escore superior e/ou igual a 75, seguido pelos odontólogos (70,59%) e os médicos (54,55%). O escore de Relação Social foi superior aos demais, seguido pelo Físico, Psicológico e Meio Ambiente. Em Qualidade de Vida Total, os odontólogos obtiveram maior média seguidos pelos médicos e enfermeiros. A média entre os escores de Qualidade de Vida Geral e Qualidade de Vida Total evidencia que os residentes médicos apresentam melhor qualidade de vida (75,04) do que os odontólogos (74,03) e enfermeiros (70,51). Conclui-se que a implementação de estratégias para melhoria das condições de vida e trabalho desses profissionais pode beneficiar as atividades desenvolvidas por eles, contribuindo de forma decisiva para a saúde da comunidade em que estão inseridos. Dessa forma, a idéia de cuidado integrado em saúde compreende um saber fazer dos residentes, futuros profissionais, co-responsáveis pela produção da saúde, feito por gente que cuida de gente.