Objetivou-se identificar a percepção de professoras a cerca de crianças que sofrem ou utilizam violência física e/ou verbal em escola de periferia. O estudo exploratório descritivo de natureza qualitativa, realizado com 10 (dez) professoras do ensino infantil e fundamental, da Rede Municipal de Ensino, situada na periferia da cidade de Fortaleza – Ceará – Brasil. Utilizou-se observação participante e entrevista semi-estruturada individual dialogada, tendo como questão norteadora: Qual sua opinião acerca do aluno (a) [...]? Após a análise dos dados emergiram as categorias temáticas: Todos os dias é uma história, ele não se aquieta e Eu acho que ele é assim, porque não mora com os pais. Ao longo da análise de dados, verificou-se que as professoras revelam os distúrbios de comportamento apresentados pela criança durante as aulas, o que acaba por interferir na qualidade do ensino-aprendizagem desta, como também dos outros alunos. As discentes citam ainda a ausência do acompanhamento familiar relacionada diretamente a fragilidade na qualidade da aprendizagem do aluno. Conclui-se que a realidade a qual o aluno está inserido faz emergir as mais variadas problemáticas, revelando-se a inevitabilidade de apreciar a maneira de se comportar de cada indivíduo que compõe a estrutura familiar do educando, e como esta pode interferir no processo educacional da criança.