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Anais - 12º CBCENF

Resumo

Título:
PREVALÊNCIA DA HANSENÍASE EM TRÊS LAGOAS-MS. 2001 A 2008
Relatoria:
MARIA ANGELINA DA SILVA ZUQUE
Autores:
  • Flávia Renata da Silva Zuque
  • Antonio Carlos Modesto
Modalidade:
Pôster
Área:
Políticas Públicas de Saúde
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: A hanseníase é um problema de saúde pública devido à sua magnitude, apresentando alto potencial incapacitante quando não diagnosticada e tratada adequadamente. Estas incapacidades físicas e deformidades podem ocasionar problemas socioeconômicos e psicológicos. Objetivo: Descrever a evolução da hanseníase no município de Três Lagoas, no período de 2001 a 2008. Metodologia: A pesquisa foi realizada com informações do banco de dados do Programa Municipal de Controle de Hanseníase de Três Lagoas e SINANNET. Resultados: Foram diagnosticados 285 casos de hanseníase, sendo 165 (58%) masculinos e 120 (42%) femininos. Quanto à idade, 11 eram menores de 14 anos e 274 acima de 14 anos, a maioria entre 45 e 59 anos. Embora, no período, tenham ocorrido casos em indivíduos com curso superior completo (6%), observou-se que 75% dos casos não concluíram o ensino fundamental. O coeficiente de incidência que em 2001 era de 6,4/10.000 hab, decresceu paulatinamente até atingir 2,9/10.000 hab em 2005 mantendo-se estável, mas é um índice alto segundo os parâmetros do Ministério da Saúde (MS). Em relação a prevalência, no início do período analisado, o município era considerado hiperendemico com taxa de 14/10.000 hab atingindo 2,2 em 2008, considerado de endemicidade média pelo MS. Segundo o grau de Incapacidade Física (IF), todos os casos foram avaliados, sendo que no diagnóstico 93% apresentaram grau zero, 3% grau I e 3% grau II e ao final do tratamento com PQT 98% apresentaram grau zero, 2% grau I e 1% grau II. Segundo o MS, 5% com grau II de IF no diagnóstico é considerado aceitável. Conclusão: O Programa tem investido em capacitações e campanhas para o diagnóstico precoce da doença, e os dados da pesquisa demonstram tal fato com a avaliação no diagnóstico dos casos com grau II de IF menor que 5%, bem como conclusão do tratamento com grau II de IF baixo (1%). Os resultados ainda apontam que embora a doença esteja sob controle ainda persiste como problema de saúde pública.