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Anais - 12º CBCENF

Resumo

Título:
TENDÊNCIA DA AIDS ENTRE MULHERES DE TRÊS LAGOAS-MS
Relatoria:
MARIA ANGELINA DA SILVA ZUQUE
Autores:
  • Flávia Renata da Silva Zuque
  • Fabricia Tatiane da Silva Zuque Lemes
  • Alexandra Nunes Ferreira
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Políticas Públicas de Saúde
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: Em 1985, no Brasil, segundo o Ministério da Saúde a razão homem/mulher com a doença era 28:1 e essa diferença vem decrescendo até alcançar a marca, em 2004, de dois homens para cada mulher infectada. Os indicadores de saúde apontam ainda para o crescimento significativo dos números da epidemia de aids entre pessoas heterossexuais. Objetivos: Foi objetivo do trabalho descrever os casos de aids entre as mulheres, atendidas no Serviço Ambulatorial Especializado-SAE em Três Lagoas no período de 1989 a 2007. Métodologia: Trata-se de um estudo epidemiológico transversal descritivo com coleta de dados do Programa Municipal de DST/Aids e SINAN. O município está localizado no leste de Mato Grosso do Sul divisa com o estado de São Paulo e a 330 km da capital Campo Grande. Possui 87.713 habitantes (IBGE). Resultados: Foram cadastrados 467 pacientes soropositivos no programa, no período analisado. Destes 67% (n=313) são do sexo masculino e do sexo feminino 33% (n=154). A razão de masculinidade foi de 7:1 em 1990, no período de 1992 a 1995 foi de 4:1, decresce para 2:1 a partir de 1997 até 2006, e chega 1:1 em 2007. No período avaliado 38% das pacientes tinham entre 20-29 anos, 32% entre 30-39 anos, 14% entre 40-49 anos, 7% eram de menores de 20 anos, 4% entre 50-59, 1% maior de 60 anos e 4% com idade ignorada. Quanto à escolaridade a maioria com ensino fundamental incompleto. Conclusão: Os resultados demonstram aumento na incidência de aids entre mulheres a partir do final da década de 90, a maioria na faixa etária de 20 a 40 anos, sexualmente ativa e em idade reprodutiva. Este fenômeno está relacionado a vulnerabilidade da mulher e ao comportamento sociosexual, apontando a interiorização e feminização da doença. Os resultados deste trabalho sugerem a necessidade de implementação das ações desenvolvidas pelo Serviço Ambulatorial Especializado bem como criar novas estratégias e parcerias para o enfrentamento da vulnerabilidade feminina.