INTRODUÇÃO:O câncer de mama é a segunda neoplasia que mais acometem as mulheres. A maneira mais eficaz de reduzir a mortalidade por câncer é o diagnóstico precoce, que eleva a taxa de cura e a sobrevida das pacientes. O método mais prático e menos oneroso para se fazer a prevenção é o auto-exame das mamas. A falta de conhecimento e de intimidade com o próprio corpo, associadas ao medo de tocá-lo e senti-lo, e o medo de procurar o profissional de saúde e de detectar qualquer mudança fazem com que tenham resistência em realizá-lo. Vê a necessidade de essa prática ser estimulada e orientada por profissionais da área da saúde, inclusive pela enfermeira, fazendo com que se conheça melhor o corpo e crie hábitos de se auto-examinar. OBJETIVOS:Investigar a realização e freqüência do auto-exame das mamas em usuárias de uma Unidade Básica de Saúde da Família (UBASF). Analisar o conhecimento das mulheres a respeito do seu corpo. METODOLOGIA:O estudo é do tipo qualitativo. Realizadas 31 entrevistas no período de março/abril de 2009. Os dados foram analisados pela análise categorial. Aspectos éticos estão de acordo com a Resolução 196/96. RESULTADOS:As mulheres tinham idades entre 16-55 anos; 21 realizavam o auto-exame, entretanto de forma incorreta e apenas quando se lembravam, fora do período recomendado. Somente oito realizavam todos os meses. Observou-se constrangimento na maioria das mulheres ao responder se conheciam o seu corpo e se sentiam confortável ao tocar. 19 responderam que conheciam, sendo que algumas disseram que se conheciam por fora. Vinte não se sentiam confortável ao se tocar. Percebe-se que as mulheres têm bastante medo ao se tocar, impedindo a realização do auto-exame. CONCLUSÃO:Há necessidade de trabalhar o auto-exame, estimulando a sua pratica e a realização correta conseguindo a detecção precoce do câncer de mama. Dessa forma, as mulheres passam a se conhecer melhor, o seu corpo, perdendo o medo de se tocar, aumentando a intimidade com seu próprio corpo.