A busca pela redução da mortalidade infantil proporcionou grande avanço tecnológico em UTI neonatal. O recém-nascido pré-termo é lançado nesse ambiente de alta tecnologia e pouca humanização e conforto, sofrendo as consequências no seu desenvolvimento neuromotor. O objetivo desse trabalho é identificar fatores ambientais de risco e propor ações de enfermagem que minimizem os efeitos prejudiciais desses fatores. A pesquisa foi desenvolvida através de revisão da literatura especializada e de observações presenciais em UTI neonatal. As diferenças encontradas entre o ambiente uterino e a UTI são fundamentais para proporcionar tais danos. Foram observadas exposição a níveis sonoros elevados, privação de tempo de sono, iluminação fluorescente intensa e contínua, hipotermia, isolamento dos pais como fatores principais causadores de danos ao desenvolvimento. As ações de enfermagem propostas visam eliminar ou minimizar esses fatores identificados, modificando a relação entre a equipe e os recém-nascidos e melhor adaptação da utilização de equipamentos eletrônicos para a realidade dos recém-nascidos. Assim, a enfermagem tem papel preponderante na identificação, controle e eliminação de tais fatores. A finalidade da UTI neonatal não é apenas a cura dos recém-nascidos, mas oferecer essa cura garantindo qualidade de vida no futuro.