Anais - 12º CBCENF
Resumo
Título:
ACOLHIMENTO COMO DISPOSITIVO PARA UMA ATENÇÃO INTEGRAL: REALIDADE DE BELO HORIZONTE
Relatoria:
Gislene Pace de Souza Santos
Autores:
- Ana Luiza de Aquino
- Camila Sarmento Gama
- Selma Maria da Fonseca Viegas
Modalidade:
Pôster
Área:
Integralidade do cuidado
Tipo:
Relato de experiência
Resumo:
O acolhimento é um dos dispositivos desenvolvidos pela atenção básica, com o intuito de humanizar a atenção, estabelecer vínculo e responsabilização das equipes com seus usuários. Além de aumentar a capacidade de escuta às demandas apresentadas, amplia as formas de intervenção e disponibiliza a assistência integral ao usuário. Entretanto, como a organização do processo de trabalho diverge de cada unidade básica de saúde e entre as equipes de saúde da família, a forma como se desenvolvem os dispositivos não se mostra uniforme em uma mesma localidade. Diante disso, tem-se por objetivo, relatar as experiências vivenciadas no acolhimento em Unidade Básica de Saúde de Belo Horizonte/MG. Trata-se de um relato de experiência de acadêmicas de graduação em Enfermagem da Universidade Federal de Minas Gerais, ocorrido no período de maio a julho de 2009 durante uma disciplina curricular. Ao vivenciar como se dá o acolhimento nas unidades, evidencia-se um distanciamento teórico-prático. Diferente do que é preconizado, o que se observa, no cotidiano do desenvolvimento do acolhimento, é uma triagem realizada pela técnica de enfermagem, onde os casos agudos são encaminhados para o médico ou o enfermeiro e, se a demanda é eletiva uma consulta é agendada. Observa-se também que o usuário pouco é escutado, ou quando isso acontece se dá de maneira muito distante da postura acolhedora esperada. Desta forma, o acolhimento como dispositivo inicial das ações em saúde se mostra pouco eficaz, o que se percebe é a resolução dos problemas de saúde aquém do potencial da atenção primária. Neste contexto, considera-se que as ações em saúde devem seguir diretrizes que abarcam o acolhimento enquanto espaço de inter-relações entre os atores no cotidiano das Unidades Básicas de Saúde, bem como a vinculação com os usuários e a responsabilização pelos mesmos.