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Anais - 12º CBCENF

Resumo

Título:
PERFIL DOS AGRESSORES DE MULHERES NO MUNICÍPIO DE PETROLINA-PE EM 2008
Relatoria:
MAYARA DE SENA BEZERRA
Autores:
  • Ariane Cedraz Morais
  • Daniel Moreira Paes Landim
  • Juliene Porto Coelho
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Ética e bioética: respeito às diferenças
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
A violência contra a mulher é um fenômeno complexo e considerado um problema de saúde pública. Estudos mostram à este respeito, por exemplo, que o agressor da mulher não é um estranho, e sim uma pessoa em que a vítima tem estabelecida alguma ligação afetiva como o parceiro, o pai, padrasto ou qualquer outro membro familiar. O objetivo do estudo foi identificar o perfil desse agressor. Métodos: O estudo foi realizado em Petrolina, PE em 2008. Foi utilizada uma amostra de 44 agressores. As informações foram obtidas através de fontes secundárias, na qual se utilizou o arquivo do IML de Petrolina, onde dispomos da Ficha de Perícia Traumatológica, que é preenchida à medida que a vítima é encaminhada ao exame de corpo delito quando deste ato violento resultou-se em lesões corporais e/ou debilidade, perda ou inutilização do membro corporal. Análise de resultados: a vítima é agredida em 29,5% dos casos por seu companheiro; em 13,6% por seu ex-companheiro; em 11,36% por seu marido; em 4,5% por seu ex-marido; em 6,8% por um parente; em 6,8% o agressor possui outras relações com a vítima, como por exemplo, namorado; em 13,6% o agressor é um conhecido e também em 13,6% o agressor é desconhecido. Dos agressores analisados 52,3% fazem uso de álcool, 22,7% não fazem uso e em 27,3% dos casos esse dado foi ignorado. Em relação às drogas ilícitas 2,3% fazem uso, 13,6% não utilizam e em 86,4% esse dado foi ignorado. Conclusões: Observou-se que as mulheres são mais agredidas por seus companheiros e ex-companheiros, seguidos por seus maridos e ex-maridos em Petrolina-PE, comprovando os outros estudos realizados que afirmam que os parceiros ou ex-parceiros são os agressores de que se têm mais denúncias registradas. Observa-se também o alto índice de agressores que fazem uso de álcool, comprovando a associação da violência com o consumo de bebida alcoólica. A análise dos dados relacionados ao uso de drogas ilícitas não são confiáveis, pelo alto índice de casos ignorados.