Na assistência ao parto, o termo humanizar é utilizado há muitas décadas, com sentidos os mais diversos. A humanização da assistência, nas suas muitas versões, expressa uma mudança na compreensão do parto como experiência humana e, para quem o assiste, uma mudança no "que fazer" diante do sofrimento do outro humano. O modelo anterior da assistência médica, tutelada pela Igreja Católica, descrevia o sofrimento no parto como desígnio divino, pena pelo pecado original, sendo dificultado e mesmo ilegalizado qualquer apoio que aliviasse os riscos e dores do parto. Agora a mulher é descrita não mais como culpada que deve expiar, mas como vítima da sua natureza. No modelo hospitalar dominante na segunda metade do século 20, nos países industrializados, as mulheres deveriam viver o parto imobilizadas, com as pernas abertas e levantadas, o funcionamento de seu útero acelerado ou reduzido, assistidas por pessoas desconhecidas. Separada de seus parentes, pertences, roupas, dentadura, óculos, a mulher é submetida à chamada "cascata de procedimentos". Nas ciências sociais, iniciativas de questionamento da prática usam o termo humanização da assistência, já na década de 1970. Hoje o termo humanização do parto está se tornando cada vez mais conhecido e a humanização torna-se uma opção entre as puerperas. Este trabalho trata-se de uam experiência vivenciada por estudantes durante estágio curricular em uma unidade básico de saúde, no município de Petrolina- PE. Os sujeitos de estudo foram as puerperas e seus companheiros. Após as oficinas, os alunos elencaram novos assuntos de seu interesse, pontuando principalmente: humanização do parto, assistência integral antes durante e após o parto e a importância da participação do pai no momento do nascimento do seu filho, e na continuidade do cuidar. Esses tipos de encontros foram importantes para o estreitamento de vínculos entre a comunidade e os acadêmicos.