INTRODUÇÃO: A sexualidade é uma das dimensões do ser humano que abrange identidade e papéis do gênero, orientação sexual, prazer, envolvimento emocional e reprodução. Experimentada e expressada em: pensamentos, desejos, opiniões, atitudes, valores, comportamentos, práticas e relacionamentos. No período gestacional ela manifesta-se de forma diferenciada, pois sofre influências de fatores psicológicas e socioculturais, que quando somados a questões orgânicas, podem interferir de diferentes formas sobre a sexualidade do casal. OBJETIVO: Analisar a literatura atual a respeito da temática a fim de direcionar a atenção às gestantes. METODOLOGIA: Trabalho de caráter descritivo e exploratório, realizado através de uma revisão bibliográfica do assunto abordado. DISCUSSÃO: Na gestação, a mulher passa por uma revolução hormonal e por profundas alterações em seu esquema corporal. O crescimento abdominal, desconfortos somáticos como náuseas e vômitos, mudanças de humor, medo de prejudicar o feto, aumento da sensibilidade mamária, eliminação do colostro e a associação inconsciente do marido entre a esposa grávida e a figura da sua própria mãe levando a rejeição da mulher, podem ocorrer, levando a um bloqueio quase total da sua sexualidade. Do ponto de vista psicológico, a mulher pode não se sentir atraente, diminuindo com isto sua auto-estima. Estudos demonstram ainda que a atividade sexual durante a gestação costuma sofrer uma redução de 40% a 60% e as práticas sexuais variam de acordo com o trimestre da gestação. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Em uma perspectiva de cuidados integrais à saúde da mulher a abordagem do exercício da sexualidade na gestação é um diferencial na assistência à gestante, e o conhecimento dos diversos fatores que influem na expressão da sexualidade serve de embasamento para a assistência. O atendimento deve se constituir em um espaço de captação de necessidades e de resolução de problemas o que se reflete no comportamento e bem-estar integral da saúde da mulher.