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Anais - 12º CBCENF

Resumo

Título:
UM PERFIL CLINICO-EPIDEMIOLÓGICO DA HANSENÍASE NO BAIRRO VILA EDUARDO, NO MUNICIPIO DE PETROLINA-PE
Relatoria:
MARCUS VINICIUS GONÇALVES DE MENEZES
Autores:
  • Murilo Cândido do Monte Damasceno
  • Rogério Ribeiro de Souza
  • Regina Santos Dantas
  • Ana Patrícia Lima de Oliveira
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Políticas Públicas de Saúde
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
A hanseníase, antes conhecida como lepra, é uma das moléstias mais antigas da humanidade. É uma doença infecciosa, de evolução crônica, causada pelo Mycobacterium leprae, microorganismo capaz de infectar um grande número de indivíduos (alta infectividade) e baixa patogenicidade, ou seja, poucos adoecem. As lesões nervosas podem causar desde deformidades, como úlceras cutâneas, até mesmo incapacidades físicas e motoras permanentes. No Brasil a hanseníase é endêmica, ocupando o primeiro lugar em número de casos na América Latina, com a prevalência em torno de 6,4/100.000 habitantes. No estado de Pernambuco a taxa de registro chega a 3,56/10.000 habitantes, mostrando uma alta concentração na distribuição espacial da hanseníase. Nesta perspectiva, este estudo trata-se de uma pesquisa básica, descritiva e exploratória, de abordagem majoritariamente qualitativa, tendo como objetivo traçar um perfil clinico-epidemiológico dos hansenianos assistidos pela Unidade Básica de Saúde da Vila Eduardo, referência no tratamento no município de Petrolina-PE. A amostra foi composta pela análise 30 prontuários de pacientes em acompanhamento na unidade. Nesta amosta, 73,3% eram do sexo feminino, a idade média entre os pacientes era de 42,4 anos. Destes 56,7% possuíam Ensino Fundamental, 33,3% Ensino Médio, 6,7% Ensino Superior e 3,3% eram analfabetos. A amostra também mostrou que 53,3% eram solteiros e a média de comunicantes entre eles era de 1,43 pessoas. Na classificação do tipo de hanseníase, 73,3% possuíam a forma Paucibacilar, forma mais leve, sendo o subtipo Indefinido (59,1%) o mais comum. A forma Multibacilar, forma mais grave da doença, acometia 26,7% dos pacientes. Em suma, sendo a hanseníase um grande problema de Saúde Pública, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), esta pesquisa mostrou que a relação entre os dados obtidos nos prontuários estão diretamente ligados a alta prevalência dessa doença no estado.