Este resumo deriva de um recorte de uma pesquisa bibliográfica, que aborda a integralidade na atenção à saúde, sendo esta definida como um princípio do Sistema Único de Saúde (SUS), que orienta a implementação de ações que respondam às demandas e necessidades da população, nos diversos níveis de atenção e complexidade. Segundo Pinho, Siqueira e Pinho (2006), a integralidade não pode ser definida apenas como uma diretriz básica do SUS, mas pode ser percebida como um conjunto de noções pertinentes a uma assistência livre de reducionismo; com uma visão abrangente do ser humano, tratando não somente como seres doentes, mas como pessoas dotadas de sentimentos, desejos e aflições. Sendo a integralidade um dos principais princípios do SUS, a educação também necessita ser realizada de maneira integral e interdisciplinar, permitindo a aquisição de competências e habilidades que assegurem o cuidado voltado para o ser humano na sua subjetividade. Ao assumir a perspectiva da integralidade do cuidado no ensino de enfermagem, é preciso, também, considerar e construir alternativas que permitam o rompimento com a valorização dos procedimentos e normatizações técnicas em detrimento da valorização dos sujeitos e de seus saberes e fazeres na construção da integralidade do cuidado, pois é através do cuidado integral que deve ser assegurada a humanização do atendimento ao paciente, partindo de práticas que visem atender as necessidades da saúde da população. Devido ao fato do processo saúde-doença ser um fenômeno complexo e não limitado ao biológico, somente sendo tratado de maneira integral é que poderá ser abordado da forma mais adequada. Portanto, além de ampliar a base conceitual da ação de cada profissional, é necessária a configuração de equipes para a ação multiprofissional, buscando a maior eficácia de cada ação. Deste modo, no ponto de vista da integralidade, o cuidado do paciente volta-se para a promoção da saúde e não apenas à cura.