Anais - 12º CBCENF
Resumo
Título:
TERMINALIDADE EM UTI PEDIÁTRICA: UMA REFLEXÃO BIOÉTICA
Relatoria:
Ana Paula Feles Dantas Melo
Autores:
- Rafaella Satva de Melo Lopes
- Rosalina Maria da Fonseca
- Vivian Oliveira de Souza
- Carla Mendes Leão Durães
Modalidade:
Pôster
Área:
Ética e bioética: respeito às diferenças
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
OBJETIVO: Trazer uma reflexão à luz da bioética a cerca da terminalidade e do limite de suporte de vida na UTI pediátrica. METODOLOGIA: Trata-se de uma análise crítica através da revisão de literatura a cerca do tema em questão. DISCUSSÃO: Com o aumento no número de unidades de terapia intensiva pediátrica (UTIP) e avanços tecnológicos houve diminuição na mortalidade das crianças. Levando ao desinteresse pela preocupação da qualidade da assistência ao paciente terminal, justificada pelo enfoque na alta expectativa de vida desses pacientes. O conceito de terminalidade é amplo e complexo, baseado em dados objetivos, como resultado de exames, além dos subjetivos e pessoais do profissional que acabam por definir sua conduta no limite do suporte de vida (LSV). No mundo há diferentes abordagens diante da terminalidade infantil, há países onde a autonomia da criança define a sua vontade, e há outros onde o seu desejo é limitado pela autoridade dos pais. Nos países da América do Sul há forte componente paternalista, e o conceito tradicional de que a vida deve ser mantida a qualquer preço está enraizado na sociedade e na prática do profissional de saúde. Não existe uma tradição de valorização da autonomia do paciente, e as decisões de final de vida acabam sendo tomadas pela equipe de saúde baseadas no conceito de beneficência e influenciadas pelos valores culturais e morais da equipe. Os estudos sobre morte no Brasil demonstram a dificuldade da equipe em aplicar LSV em crianças. Do ponto de vista ético não existe um modo de LSV ideal ou mais correto, porém sabe-se que o fundamental é permitir ao paciente uma morte tranqüila e sem sofrimento e aos seus familiares à possibilidade de compartilhar estes últimos momentos em um ambiente de privacidade. CONCLUSÃO: Diante do exposto, é visto, portanto, que o interesse em diminuir a mortalidade acaba por mascarar a terminalidade e o enfoque numa assistência humanizada e de qualidade.