O objetivo deste estudo foi avaliar o conhecimento de mães a respeito da importância do aleitamento materno exclusivo. A Organização Mundial de Saúde (OMS), em conjunto com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), tem vindo a empreender um esforço mundial no sentido de proteger, promover e apoiar o aleitamento materno. O aleitamento materno exclusivo (AME) pressupõe que a criança receba somente o leite materno, diretamente da mama ou extraído. Apesar dos inúmeros benefícios, as taxas de AME continuam baixas. O conhecimento das mães sobre o aleitamento materno influência o início e a duração deste. No Brasil, estes esforços são visíveis através dos programas de incentivo ao AME, os quais fazem parte das ações de promoção a saúde da criança. Foi realizado um estudo transversal, com aplicação de questionários semi-estruturados, envolvendo 32 mães ingressas no Programa de Incentivo ao Aleitamento Materno Exclusivo, da Unidade Básica de Saúde da Pedreira, no município de Belém – PA, em setembro de 2008. Destas, 38% eram adolescentes; 77% realizaram acompanhamento pré-natal e receberam orientações sobe o AME; 82% sabiam que o AME deve ocorrer no período de 06 meses e 89% conheciam os efeitos protetores que o leite materno exerce sobre a saúde da criança. Verificamos que as ações desenvolvidas no Programa de Incentivo ao Aleitamento Materno Exclusivo e sua importância são de conhecimento de 86% das mães, no entanto, poucas conseguem alcançar o período mínimo, recomendado pelo Ministério da Saúde. Muitas relatam que por motivos profissionais são “obrigadas” a recorrer ao aleitamento materno predominante, outras, por desconhecimento, iniciam muito precocemente a complementação alimentar aos recém-nascidos. Dessa forma, constatamos que muitos são os esforços adotados para estender as medidas de incentivo ao AME, no entanto, há a necessidade de sensibilizar mais mulheres para a importância do leite materno.