O ensino da Ética nas escolas de Enfermagem no Brasil se caracteriza por uma visão deontológica.Objetiva-se demonstrar o ensino da ética nos currículos de graduação em Enfermagem e como pode ser transformada essa realidade. Realizou-se uma pesquisa bibliográfica no Scientific Eletronic Library Online (SciELO) onde se encontrou oito artigos com os descritores ética e enfermagem. Foram analisados cinco artigos por se encaixarem nos critérios de inclusão utilizados: texto completo e em língua portuguesa no ano de 2006 e que contemplasse os objetivos. Segundo Santiago e Palácios (2006) a Portaria 1518 de 14/06/2000 integrou os conteúdos de ética, bioética e fundamentos legais do exercício profissional de enfermagem na disciplina “Exercício de Enfermagem, Deontologia, Ética Profissional e Legislação”, sendo que o ensino da mesma se assemelhe ao da medicina, restringindo-se ao estudo da deontologia ou aos Códigos de Ética. Para Ferreira e Ramos (2006) uma única disciplina não oferece recursos necessários para o desenvolvimento moral do aluno, já que esse é um processo complexo e abrangente. Eles dizem que o ensino da Ética deve ser transversal e reflexivo dialógico, onde todas as disciplinas/módulos curriculares planejem atividades que fomentem a educação moral do primeiro ao último ano. Pois, segundo Freitas; Oguiso e Merighi (2006) a existência de crenças e valores vivenciados na formação profissional influenciam na maneira de enxergar e atuar nas ocorrências éticas. Sendo que, conflitos com aspectos éticos vivenciados podem ter origem na formação profissional ou no défict de conhecimento (HAMMERSCHMIDT; BORGHI e LENARDT, 2006). Por isso, o ensino da ética deve ser pautado no conhecimento novo que supera o velho e se dispõe a ser ultrapassado por outro amanhã (EGRY e FONSECA, 2006). Conclui-se que, os projetos de currículos de cursos de graduação em Enfermagem devem redimensionar o ensino para auxiliar os acadêmicos a racionar e julgar diante de questões morais.