O tratamento da cardiopatia sofreu modificações com implicações na indicação de intervenção cirúrgica. Objetivou-se demonstrar algumas complicações em pacientes submetidos à cirurgia cardíaca (CC), nas quais a equipe de enfermagem deve empregar cuidado integral atentivo a fim de prever riscos e reduzir danos. Metodologicamente realizou-se uma pesquisa bibliográfica na Scientific Eletronic Library Online (SciELO), onde se encontrou 51 artigos com os descritores: Cirurgia Cardíaca e Cirurgia de Revascularização Miocárdica (CRM). Foram analisados quatro artigos que se encaixaram nos critérios de inclusão que foram: estar completos e publicados em língua portuguesa, no período de 2008 a 2006 e atender aos objetivos propostos. A visão abrangente sobre o paciente submetido à CC pode auxiliar no emprego de formas preventivas de cuidado e na compreensão do conjunto de necessidades de ações. A partir disso, é prudente considerar que a injúria renal aguda é uma complicação freqüente, ocorrendo em até 30% dos casos, sendo que outras condições clínicas intra e pós-operatórias associadas como: a circulação extracorpórea, as arritmias cardíacas, etc, facilitam seu desenvolvimento (KOCHI et al, 2008). Além disso, segundo Feier et al (2006) a pior condição clínica dos pacientes submetidos a intervenção cirúrgica é representada pela prevalência de co-morbidades como Diabetes Melittus, Hipertensão Arterial Sistêmica e Doença Vascular Periférica. Na visão de Guaragna et. al. (2006) os problemas neurológicos, como o Acidente Vascular Cerebral podem ocorrer após CC, implicando em alta mortalidade e sobreviventes com déficit funcional. Para Pego-Fernandes (2007) o pós-operatório pode ter boa evolução clínica se houver adequado cuidado. Conclui-se que, o progresso do manejo pré e pós-operatório pela identificação de fatores de risco operatórios e o implemento de medidas pelas equipes de enfermagem para neutralizar influências deletérias podem reduzir a morbi-mortalidade cirúrgica.