A leishmaniose visceral americana (LVA) é uma zoonose de transmissão vetorial, inserida em algumas regiões brasileiras, representando um relevante problema de Saúde Pública. É uma doença de notificação compulsória, e tem se disseminado nas áreas urbanas pelo desmatamento de regiões silvestres onde os flebotomíneos têm tropismo. No Brasil, 3.700 casos da doença são registrados anualmente, 64% na Região Nordeste, e 55% em crianças de zero a nove anos de idade; a taxa de letalidade da doença é, em média, 7%. Este trabalho trata-se de um relato de experiência com o objetivo geral de relatar caso de LVA ocorrido em Petrolina-PE, durante estágio no módulo curricular Semiologia e Semiotécnica II, na Clinica Médica Masculina de um hospital público, ocorrido em abril de 2008. Os objetivos específicos foram analisar o quadro clinico do cliente, compreender o diagnostico e a fisiopatologia, e identificar o papel do enfermeiro neste contexto. Para coleta de dados, foi utilizado o prontuário multiprofissional desde sua admissão até meados do mês de abril. Por se tratar de uma patologia que, inicialmente, apresenta uma semelhança sintomatológica com algumas doenças, necessita-se de uma assistência integral e eficaz, com exames laboratoriais confirmatórios (reação de imunofluorescência indireta, ensaio imunoenzimático, pesquisa do parasito através de biópsias). A experiência possibilitou aos discentes vislumbrar a evolução do quadro e a interface entre os diagnósticos clínico e laboratorial. Além de aprofundar o conhecimento fisiopatogênico, instigou-se o contato com o indivíduo e o papel da equipe de enfermagem para a melhoria do quadro clinico e potencialização do autocuidado.