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Anais - 12º CBCENF

Resumo

Título:
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA HANSENÍASE EM PETROLINA-PE DE 2004 A 2006
Relatoria:
Belmara Coelho Barros
Autores:
  • Laiane Bastos Machado
  • Larissa Emanuella Alves da Silva Torres Araújo
  • Claudio Claudino da Silva Filho
  • Juan Yuri Eugênio Araújo
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Políticas Públicas de Saúde
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
A hanseníase é uma doença infecto-contagiosa causada pelo bacilo Micobacterium leprae de caráter crônico. É considerado um problema de saúde pública devido à sua magnitude e seu alto poder incapacitante. Mundialmente, a doença é considerada com maior endemicidade em onze países, onde a Índia ocupa o 1º e o Brasil, o 2º lugar em números de casos detectados. Em Pernambuco foram detectado mais de 2.500 casos novos da doença a cada ano, em Petrolina a prevalência no ano de 2006 foi de 8,7 casos por 10.000 habitantes. Foram analisadas três tabelas do sistema de notificação do DATASUS relacionadas à hanseníase no período de 2004 a 2006, considerando os casos relativos ao município de Petrolina-PE. Constavam nas tabelas: a evolução do caso, classe operacional e período de ocorrência do caso. De 2004 a 2006, foram notificados 5.092 casos nas duas formas de hanseníase. Nos anos de 2004, 2005 e 2006 a taxa de incidência com relação à forma paucibacilar foram de 55%, 54,3% e 46%, respectivamente; e a forma multibacilar foi de 45%, 45,6% e 54% nos mesmos anos. Observa-se relativa decadência na forma paucibacilar e aumento discreto na mutilbacilar. A taxa de incidência discretamente alta chama atenção, pois os doentes paucibacilares não são considerados importantes como fonte de transmissão da doença, devido à baixa carga bacilar, porém os pacientes multibacilares, constituem o grupo contagiante, assim se mantendo enquanto não se iniciar o tratamento específico. Considerando os dados apresentados é importante enfatizar a necessidade da busca ativa precoce de pacientes e contatos com suspeita de Hanseníase, para implementação de ações em saúde, que possibilitem uma melhor adesão ao tratamento e a cura, objetivando a prevalência menor que 1 caso para cada 10.000 habitantes conforme a OMS.