O climatério é um fenômeno fisiológico que se manifesta de forma evidente pela perda da função reprodutora. A deficiência hormonal e outros problemas relacionados aos hormônios sexuais causam aflição e incapacidade consideráveis para as mulheres, além de constituírem um ônus considerável para os recursos do serviço de saúde (MOORE et al, 1994). Estima-se que 13 a 14% da população na maioria das sociedades ocidentais são compostas por mulheres com mais de 50 anos. No Brasil, existe cerca de 10 milhões de mulheres nesse período de vida, o que torna evidente a importância de estudarmos e entendermos o climatério (FREITAS, 2001). O estudo tem por objetivo compreender os fenômenos biopsicossociais envolvidos no climatério, a fim de viabilizar uma assistência de enfermagem adequada e eficiente às mulheres que vivenciam este momento. A pesquisa realizada foi do tipo qualitativo-descritivo, permitindo uma análise profunda do problema a ser pesquisado, elaborada a partir de material já publicado, entre os quais livros, periódicos e artigos científicos. O processo de enfermagem é uma abordagem de solução de problemas para satisfazer as necessidades de enfermagem e de cuidados de saúde de uma pessoa. Este método constitui a essência da prática profissional do enfermeiro, auxiliando na tomada de decisão, possibilitando prevenir e avaliar as ações realizadas. A assistência de enfermagem à mulher climatérica tem entre suas metas a preocupação de reduzir ou evitar as tensões biofísicas (dor, náuseas, frio e calor) e psicossociais (ansiedade, medo e pânico). Através da sistematização de uma assistência de enfermagem adequada a estas mulheres, é possível garantir que as necessidades humanas básicas afetadas sejam atendidas de forma eficaz. Ressaltamos nesse processo a importância da educação em saúde, visando intensificar a detecção precoce dos sinais e sintomas associados ao climatério e reduzir o impacto causado na vida da mulher.