Anais - 12º CBCENF
Resumo
Título:
A (IN) SUFICIÊNCIA DOS ENSINAMENTOS REFERENTES AO PROCESSO DE MORTE E MORRER AOS ACADÊMICOS DE ENFERMAGEM
Relatoria:
SILVANA BASTOS COGO
Autores:
- ALBERTO MANUEL QUINTANA
Modalidade:
Pôster
Área:
Ética e bioética: respeito às diferenças
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Esta pesquisa objetiva averiguar a (in) suficiência dos ensinamentos acadêmicos para o trato com o processo de morte/morrer a partir da perspectiva de estudantes de enfermagem. Trata-se de um estudo com abordagem quantitativa, de caráter exploratório e descritivo. Foram questionados 66 acadêmicos, sendo 21 do sexto e 39 do sétimo semestre do curso de enfermagem de uma instituição particular de ensino superior, localizada na cidade de Santa Maria – RS. A coleta de dados foi realizada por meio de um questionário estruturado, tendo sido utilizados procedimentos de análise estatística à interpretação, buscando fazer uso de tabelas e gráficos. O projeto de pesquisa foi submetido à apreciação do Comitê de Ética de Pesquisa da UNIFRA. O processo de morte/morrer já fez parte da experiência profissional de 76% dos alunos do sexto semestre e de 79% do sétimo semestre. Como alternativa de enfrentamento da situação, os alunos são incentivados a neutralidade, evitando que questões pessoais, apareçam como fator que dificulte a assistência. Durante as supervisões de estágio, à questão de um paciente ter falecido o assunto era trabalhado de maneira reflexiva, entre os alunos do sétimo semestre, 54% discordaram da asserção, levando a inferir que há uma importante defasagem quanto a discussão de questões de morte/morrer, já que 43% dos alunos do sexto semestre consideraram o espaço da supervisão suficientes ao trabalho reflexivo. Sobre a suficiência do tempo dispensado aos relatos em supervisão, 57% do sexto semestre e 51% do sétimo semestre consideraram insuficiente. Portanto, o ensino acadêmico contribui com o incremento das angústias geradas no convívio com a morte e o morrer. Os resultados apontam para a necessidade de adequação, de modo que, ao ingressarem no campo profissional, não haja tão evidente defasagem no que se refere ao processo de morte/morrer, e que possa ser oferecido um atendimento que se reflita em qualidade tanto para o paciente quanto para os profissionais.