A população acima dos 60 anos de idade vem crescendo progressivamente no Brasil. Havia, em1980, cerca de 7 milhões de pessoas idosas; atualmente, há em torno de 15 milhões, correspondendo a 8,6 % da população total. Entre os distúrbios psíquicos de doenças crônico-degenerativas que afetam os idosos, a depressão é a que mais prevalece e é menos diagnosticada na população idosa. Dessa forma, esta patologia não tem sido adequadamente diagnosticada e tratada. Então, é necessário que os profissionais da área de saúde estejam interados com as características da depressão nos idosos e capacitados para identificar e avaliar a presença de sinais e sintomas que os levam a esse transtorno. O presente trabalho tem como objetivo detectar o número de idosos depressivos, investigar os principais sinais e sintomas para levantamento epidemiológico e avaliar quais fatores são conseqüência para tal distúrbio psíquico. Os dados da pesquisa foram levantados no período de setembro a outubro de 2008, tendo como amostra 12 dos 45 idosos residentes na Casa Geriátrica de Juazeiro-BA e levando em consideração o nível de consciência e capacidade cognitiva dos mesmos. O método utilizado para rastreamento da depressão foi a Escala de Depressão Geriátrica (GDS), composta por 15 questões na versão curta. Segundo as respostas obtidas, obteve-se 41% dos idosos com escores normais com relação a depressão, 50% com presença de depressão leve a moderada e 8,3% grupo com maior intensidade de sintomas depressivos e depressão grave, ocorreu apenas um caso. A satisfação de viver esta associada a uma boa saúde, uma renda adequada, segurança, relações sociais adequadas e um sentido de controle da própria vida. A maioria destas circunstâncias esta ausente na vida dos idosos que convivem na casa geriátrica. Tendo como base estas características e o uso da GDS foi possível perceber uma estreita associação entre a institucionalização asilar e a freqüência de sintomas depressivos nos idosos.