Anais - 12º CBCENF
Resumo
Título:
A ORTOTANÁSIA NO CONTEXTO HOSPITALAR: REFLEXÕES ACERCA DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM
Relatoria:
SILVANA BASTOS COGO
Autores:
- ALBERTO MANUEL QUINTANA
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Ética e bioética: respeito às diferenças
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
O constante desenvolvimento das ciências biomédicas impõe a necessidade de discussão sobre limites éticos e jurídicos. Neste estudo, propõe-se uma aproximação do significado atribuído por enfermeiros em relação às interfaces dos limites impostos no final da vida aos pacientes terminais, relacionando com a prática da ortotanásia e como influenciam na atuação profissional. Trata-se de uma pesquisa exploratória pautada na abordagem qualitativa, desenvolvida na UTI adulto de um Hospital público de uma cidade localizada no centro geográfico do Estado do Rio Grande do Sul. Constituíram os sujeitos, cinco enfermeiras e na coleta dos dados que aconteceu de janeiro a março de 2008, optou-se pela entrevista semi-dirigida norteada por questões orientadoras. As falas foram gravadas e após a transcrição, os achados foram analisados pela análise de conteúdo. O projeto de pesquisa foi submetido à apreciação do Comitê de Ética de Pesquisa da UFSM. Assim, de posse das informações obtidas, emergiram as seguintes categorias: quem decide é o médico; não é investível; participação dos familiares; morrer com dignidade e ortotanásia oculta. A ortotanásia presente no ambiente hospitalar é reconhecida pelos profissionais como prática ativa e reconhecem que não costuma ser solicitada ou registrada. A ortotanásia seria o reflexo da não realização da ressuscitação cardiorrespiratória, como alternativa de viabilidade e de exclusão de sofrimento dos pacientes. Contudo chegar a essa ação, muitas discussões estão interpostas, como por exemplo: a participação da família nos processos decisórios, as discordâncias entre as condutas, os anseios, dúvidas e medos quanto a punições legais frente a limitação de algum procedimento. Neste sentido, este estudo demonstra a necessidade de se rever questões relacionadas com a morte e o morrer desde a formação profissional, como alternativa plausível a conduzir as questões referentes a terminalidade de maneira clara e não mascarada.