Anais - 12º CBCENF
Resumo
Título:
SAÚDE MATERNO-INFANTIL INDÍGENAS DE RONDÔNIA: UMA ANÁLISE POR MEIO DO SINASC
Relatoria:
Jocieli Malacarne
Autores:
- CAROLINE Alves Gava
- paulo César Basta
- Donizete Vago Daher
Modalidade:
Pôster
Área:
Políticas Públicas de Saúde
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Os dados referentes às condições de saúde das mulheres e crianças indígenas são escassos. Sabe-se que as taxas de natalidade e mortalidade são mais elevadas quando comparadas às da população geral. O estudo objetivou descrever o perfil de saúde reprodutiva das mulheres e as características dos nascidos vivos indígenas de Rondônia, 1999-2005. Trata-se de um estudo epidemiológico descritivo que teve como base o SINASC. Foram analisadas as variáveis: idade, peso ao nascer, nº de consultas pré-natal, tipo de parto, local de nascimento e escolaridade da mãe. Observou que entre as mães de 10 a 14 anos, 5,8% eram indígenas comparando a 1,1% de não-indígenas. Sendo que 12,1% destas indígenas tiveram recém-nascidos de baixo-peso, e 2,2% nas não-indígenas. Por outro lado, 4,7% dos nascimentos ocorreram em mulheres indígenas de 38 anos ou mais e em apenas 1,9% das não indígenas nessa faixa etária. Em relação ao pré-natal, 9,1% das indígenas não fizeram nenhuma consulta, enquanto que nas não indígenas somente 2,5% não realizaram. As indígenas tiveram mais partos domiciliares (2,2%) que as não-indígenas (0,2%), e maior proporção de parto vaginal (75,3% e 50,2% respectivamente). Quanto à escolaridade, 26% das mães indígenas não possuíam nenhum ano de estudo, e apenas 2% das não indígenas. Os achados revelam que as indígenas começam a ter filhos jovens e só param de reproduzir em idades mais avançadas, apresentando elevado número de filhos vivos. Tem maior dificuldade para realizar consultas de pré-natal, e parte de seus filhos nascem no domicílio, sem assistência adequada ao parto. Vale lembrar que ¼ das mulheres indígenas são analfabetas, e que houve maior proporção de baixo peso ao nascer entre as mulheres indígenas na faixa etária dos 10-14 anos. Os dados achados coloca as mulheres indígenas em desvantagem às mulheres de outras raças/etnias que habitam o estado de RO, e chamam atenção para necessidade de políticas públicas de saúde que valorizem a saúde reprodutiva destas.