A saúde coletiva preocupa-se com a saúde pública enquanto saúde do público, e nos seus modelos de ação há quatro objetos de intervenção: políticas (formas de distribuição do poder); práticas (mudanças de comportamentos; cultura; instituições; produção de conhecimentos; práticas institucionais, profissionais e relacionais); técnicas (organização e regulação dos recursos e processos produtivos) e instrumentos (meios de produção da intervenção). Objetiva-se com esse trabalho, descrever a experiência de acadêmicas de enfermagem da Universidade Federal do Acre – Campus Floresta, durante as práticas de saúde coletiva. O estudo foi realizado na Unidade de Saúde da Família (USF) - Antônio Ademar B. Bezerra, no período de 02/06 a 01/07/09 no município de Cruzeiro do Sul – Acre (Brasil), tendo como público-alvo as famílias das micro-áreas cobertas pelos agentes comunitários de saúde (ACS) da referida unidade. Foram visitadas cinco micro-áreas com o auxílio dos ACS, identificando as áreas de riscos e delimitando as famílias que necessitavam de visita domiciliar. Depois do pleno conhecimento do território da unidade, foi montado um croqui representativo das micro-áreas e assim planejadas as visitas domiciliares. Foi realizado busca ativa de crianças sem cobertura vacinal contra poliomielite, incluindo a escola infantil localizada na área estudada, com todos os acadêmicos caracterizados de personagens infantis. Também foi realizada uma palestra para 200 alunos do ensino fundamental com o tema Saúde do Corpo - Hábitos Higiênicos, com distribuição de kits para a saúde bucal. Conclui-se que experiências como estas contribuem para o amadurecimento acadêmico, pois o contato com a realidade permite que os discentes sejam mais críticos e preparados para as adversidades do campo de trabalho. Constata-se também a importância do enfermeiro conhecer sua comunidade, para assim, desenvolver metas efetivas diante das mazelas identificadas.