A qualidade da assistência nos serviços de saúde pode ser definida como algo inseparável da satisfação e das necessidades dos clientes. Assim, é fundamental estudar e entender as carências, desejos e expectativas dos usuários a fim de oferecer-lhes serviços que possam contribuir para melhorar sua qualidade de vida. Pretendeu-se nesse estudo identificar os fatores que interferem na satisfação e/ou insatisfação das gestantes quanto à assistência recebida durante o pré-natal. Foi feita uma pesquisa de campo, do tipo descritivo com abordagem qualiquantitativa. Na coleta de dados utilizou-se como instrumento um formulário sobre fatores que interferem na satisfação destas mulheres com a assistência pré-natal. A amostra foi composta por oito mulheres que faziam o pré-natal em unidades básicas de saúde, do município de Petrolina-PE, e que já tinham feito no mínimo duas consultas. Das entrevistadas, cinco estão satisfeitas com os horários das consultas. Das que se mostraram insatisfeitas, uma informou que os horários coincidem com o horário do trabalho, duas relataram a espera prolongada pelo atendimento, sendo este o motivo principal das reclamações quanto à qualidade da atenção primária à saúde. A interação profissional de saúde/usuária foi referida como uma relação satisfatória. Seis responderam que estavam satisfeitas quanto à qualidade das orientações dadas durante a consulta, enquanto duas relataram descontentamento com o serviço, pois os profissionais não atendiam as suas demandas, fazendo-as recorrer a outros meios para atendê-las. Pode-se concluir que a visão da gestante carece de ser valorizada, como um importante fator relativo à adesão ao pré-natal. Algumas ações, relativamente simples de serem implementadas, como a marcação de consultas, são apontados como fundamentais para a melhoria da satisfação com a assistência pré-natal e ampliar a adesão deste grupo de pacientes, possibilitando qualidade de vida e de saúde.