A atividade laboral da equipe de enfermagem em Unidades de saúde é caracterizada por situações geradoras de riscos a saúde, muitas vezes desconhecidas. Desenvolvemos uma pesquisa quantitativa com 30 profissionais de enfermagem que atuam há mais de um ano na referida unidade. Esta pesquisa tem como objetivo compreender e analisar os problemas ergonômicos que influenciam a equipe de enfermagem que atua na Unidade Municipal de Saúde do Jurunas, Belém –PA. Utilizando o método ergonômico proposto por Iida (1990). Os dados foram coletados no período de fevereiro a abril de 2009, utilizando questionários aplicados a equipe de enfermagem. Contendo variáveis relativas aos dados dos profissionais, a atividade do trabalho, postos de trabalho e saúde do trabalhador. Averiguamos que dos profissionais pesquisados somente 30% (9/30) tem conhecimento sobre os agentes ergonômicos e os outros 70% (21/30) embora sofram com os problemas ergonômicos, não tem conhecimento sobre o assunto. Identificamos que entre os problemas ergonômicos mais comuns enfrentados pela equipe são: o stress com 77% (23/30), a repetitividade com 67% (20/30), iluminação inadequada com 47% (14/30), máquinas e equipamentos inadequados com 40% (12/30), a monotonia e o armazenamento inadequado cada um com 13% (4/30). Verificamos que das pessoas pesquisadas na Unidade Municipal de Saúde do Jurunas 100% (30/30) desconhecem sobre a existência de algum tipo de programa voltado à saúde do trabalhador, em especial da equipe de enfermagem. O estudo nos proporcionou subsídios para o conhecimento sobre os agentes ergonômicos e as influências negativas que eles causam na equipe de enfermagem que atua na referida unidade. Embora, o foco da pesquisa esteja voltado para a equipe de enfermagem, foi possível constatar que os agentes ergonômicos também influenciam na qualidade da assistência prestada a população por esses profissionais.