Introdução: Vivências masculinas relativas ao processo de abortamento são pouco exploradas e, geralmente, quando o homem é abordado nesta temática, sempre se restringe à perspectiva legal e atidudinal. Objetivo: Analisar a produção científica nacional e internacional acerca da percepção de homens que compartilham a experiência do aborto com suas parceiras. Métodos: Trata-se de um estudo bibliográfico utilizando fonte de dados secundária. Para tanto, foram selecionados os descritores “aborto espontâneo” e “emoções” e inseridos na base de dados Bireme. A pesquisa apontou três artigos, compreendidos entre os anos de 1989 a 2006. Resultados: A análise dos artigos demonstrou que os três artigos encontrados correspondiam ao objetivo do estudo. Desta forma, o primeiro deles envolvia dezessete homens que compartilharam a experiência do aborto, foi identificada a falta de sensibilidade dos profissionais de saúde diante dos sentimentos vivenciados pelos envolvidos, chamando a atenção à necessidade de capacitação adequada para permitir um atendimento. No segundo artigo colaboraram com a pesquisa dezessete homens que vivenciaram o aborto com suas companheiras, chegando-se à conclusão que a assistência a esses homens e suas parceiras exige sensibilidade e acolhimento dos profissionais da saúde, para tornar possível uma assistência acolhedora, com informações adequadas e com apoio emocional. O terceiro artigo envolve uma pesquisa com quarenta casais que haviam passado por um aborto ou perda de um recém-nascido, sendo identificadas três fases de reação: imediata, evolução de sentimento e fase de recuperação. Conclusões: Através da pesquisa ficou evidente que a produção cientifica encontrada acerca da temática pesquisada apresenta-se de forma objetiva e clara, entretanto, apesar de envolver um assunto bastante abordado e polêmico, foram identificados poucos estudos.