Pesquisas apontam um crescente consumo de substâncias psicoativas (SPA) na população em geral.Os estudantes universitários, considerados indivíduos vulneráveis, merecem atenção especial quanto ao padrão de consumo de SPA.O objetivo deste trabalho é evidenciar as alterações no padrão de consumo de substâncias psicoativas por universitários no decorrer do curso. Foi aplicado um questionário a 781 alunos de primeiro período em 2005 e a 582 do quinto período em 2007 (mesmo grupo de estudantes) de todos os cursos da UFJF, contendo variáveis sócio-econômicas e demográficas, questões sobre quantidade,modo de administração e circunstâncias ligadas ao uso de substâncias psicoativas, bem como atitudes e crenças associadas ao uso. Os resultados foram tabulados e analisados com auxílio do programa SPSS for Windows 14.0. A maioria dos participantes era do sexo feminino (58,7% em 2005 e 60,5% em 2007), a média de idade foi 19 anos em 2005 e 21,9 anos em 2007. Os resultados preliminares mostram que o consumo mensal de álcool manteve-se estável com índices próximos a 65%, sendo que o número de participantes com CAGE positivo (potenciais alcoólatras) sofreu pequeno aumento de 1,7%. O consumo de tabaco apresentou pequena queda ficando com índices próximos 15%.Em relação ás substâncias ilícitas as maiores variações foram observadas para solventes/inalantes cujo consumo mensal apresentou queda de 4,5%, e maconha que apresentou elevação de 1%. A maioria dos estudantes relatou primeiro uso de álcool e tabaco com idade entre 13 e 15 anos e de substâncias ilícitas como maconha, ecstrasy e crack após os 18 anos. Os principais motivos apontados para consumir substâncias psicoativas foram curiosidade, diversão e prazer e quem mais influenciou no consumo foram os amigos.De acordo com a literatura especializada o número de usuários de SPA vem aumentando de maneira global, principalmente entre jovens. O que não foi observado em nosso meio, onde observamos uma ligeira diminuição do consumo.