A Universidade é um centro transformador da realidade e é importante que a academia esteja nas escolas de ensino médio e fundamental, onde concentra um grande número de jovens cheios de questionamentos. Relatamos experiências desenvolvidas em parceria com a uma policlínica regional do município de Niterói, por docentes, enfermeiros, coordenação de vigilância em saúde e alunos, no ano de 2007 e 2008, cujo objetivo foi estabelecer interação entre a universidade, serviço de saúde e comunidade; através da realização de atividades de educação em saúde, com os adolescentes, nas escolas da área de abrangência da policlínica. Abordamos sobre a sexualidade responsável, utilizamos algumas estratégias: dramatização, roda de conversa, palestras e vídeos, abrangendo um total de 500 alunos. Para diminuir a incidência de gravidez na adolescência e o risco das doenças sexualmente transmissíveis, é necessário ter alternativas que despertem o interesse dos jovens em conhecer o próprio corpo e sua sexualidade, abordando sobre os métodos contraceptivos e os aspectos psicossociais envolvidos. A conversa dos universitários com os adolescentes tem um tom diferenciado, de quando esse diálogo ocorre em sala de aula com o professor da turma. Um certo ar de informalidade facilita o contato e o encaminhamento das dúvidas desses jovens, apesar das risadas e rostos as vezes ruborizados pelo tema abordado. Vimos crianças encantadas, participando das rodas de conversa, com os seus olhares brilhando, muitos adolescentes também envergonhados, que faziam seus comentários nos corredores. Percebemos que alguns professores têm dificuldades de falar sobre sexualidade, seja conosco ou com os seus próprios alunos e nem todos valorizam a substituição da aula para discussões de assuntos que não estejam vinculados a disciplina específica. Para os acadêmicos, foi uma atividade bastante construtiva,pois elea saem da proteção institucional do serviço de saúde e da universidade para um serviço com a comunidade.