O aleitamento materno exclusivo até o sexto mês de vida é preconizado pelo Ministério da Saúde e considerado como o alimento ideal para a criança. Neste aspecto o município de Uberlândia-MG implantou, em 2005, o programa aninhar para estimular a pratica da amamentação. Este estudo visa verificar os resultados deste programa em relação ao incentivo ao aleitamento materno. Foi realizado um estudo descritivo com abordagem quantitativa, no mês de abril de 2009, um ano após o atendimento das mães no programa aninhar. Participaram da pesquisa 76 mães que receberam atendimento no referido programa, as quais foram entrevistadas em seu domicílio, com base em um questionário sobre seu comportamento e conhecimento em relação à prática do aleitamento. Foi observado aleitamento exclusivo entre 121 e 150 dias em 14(18,5%) e de 151 a 180 dias em 45(59,2%) das entrevistadas, entre estas a maioria era casada 32(71,1%), com idade ≥ 21 anos (38/84,5%), renda ≥ 2 salários mínimos 38(84,5%), mais de 2 filhos (24/53,3%), e que trabalham fora (25/55.6%). A maioria delas (43/95,5%) relatou que o programa aninhar contribuiu muito para o esclarecimento de dúvidas e influenciou positivamente na pratica do aleitamento de seu filho; consideram o atendimento do programa excelente (44/97,8%), o que mais aprenderam foi cuidados gerais com o bebê (36/80%), importância e técnica do aleitamento materno (32/71,1%). As principais causas do desmame precoce foram a volta ao trabalho (17/54,9%) e outras (14/45,2%) que incluem fissuras na mama, falta de tempo, leite secou, uso de medicação, e por opção. Conclui-se que a freqüência do aleitamento materno exclusivo foi satisfatória e acima da média nacional. O programa aninhar foi capaz de influenciar positivamente as mães na decisão de amamentar. Sugere-se outras pesquisas para fortalecer a atuação do serviço de saúde como ferramenta capaz de transformar a realidade sanitária e melhorar os indicadores de saúde no que se refere à amamentação.