Anais - 12º CBCENF
Resumo
Título:
CUIDADO AO FILHO: PERCEPÇÃO DA MÃE ADOLESCENTE
Relatoria:
WEIDE DAYANE MARQUES NASCIMENTO
Autores:
- Maisa Tavares de Souza Leite
- Marta Raquel Mendes Vieira
- Joao Alves Pereira
- Ludmila Mourão Xavier Gomes
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Integralidade do cuidado
Tipo:
Monografia
Resumo:
Segundo Fontoura e Mayer (2006), o cuidado integral se refere ao atendimento das necessidades dos indivíduos de maneira ampliada, sendo um eixo importante na construção do SUS e do sistema. Com base nesta compreensão, o estudo objetiva analisar o resultado da integralidade enquanto promoção de saúde no que se refere à percepção das mães adolescentes em relação ao cuidado do filho. Trata-se de um estudo descritivo com abordagem qualitativa. Foram investigadas seis adolescentes de uma Unidade Básica de Saúde de Montes Claros/MG. Os dados foram coletados por meio de entrevista semi-estruturada. Procedeu-se a técnica de Análise de Discurso proposta por Minayo (2007). A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Unimontes, sob o parecer 1393/09. Os resultados revelaram duas categorias: participação da família no cuidado da criança e superação de barreiras pela adolescente no processo de cuidado ao filho. Ao final do estudo, foi possível conhecer que as mães adolescentes procuram apoio da família em situações de auxílio nos cuidados iniciais do bebê, pois manifestaram medo de realizá-los, delegando-os a outros familiares ou a pessoas próximas. Percebe-se que por insegurança e questões socioculturais, prestam um cuidado inadequado. Além disso, a chegada de um bebê altera não só a dinâmica da família, mas também os modos de enfrentamento da situação, interferindo nos projetos de vida das jovens mães, o que pode conduzir a uma insatisfação pessoal. Contudo, algumas adolescentes que dispensam cuidados ao filho mostram-se adaptadas a sua nova condição e aderentes a responsabilidade de cuidar. Todas percebem o cuidado como o suprimento das necessidades básicas de vida, embora possa haver deficiência na prática. Conclui-se que há uma necessidade de se perceber a integralidade como princípio em vários níveis de discussões e de práticas na área de saúde, alicerçado em um novo paradigma preparado para ouvir, entender e acolher.