A dengue se tornou ao longo dos anos um grande problema de saúde pública no mundo, e atinge principalmente os países tropicais em razão do clima quente e úmido, propiciando condições ideais para proliferação do mosquito. Um outro fator condicionante são as condições de saneamento desses países, pois o acúmulo de recipientes e depósitos de água parada favorece a procriação do Aedes aegypti, principal mosquito vetor. Nesta perspectiva, este estudo trata-se de uma pesquisa bibliográfica, descritiva e exploratória, de abordagem qualitativa, tendo como objetivo traçar um perfil epidemiológico e dos indicadores que favorecem a proliferação da Dengue no estado de Pernambuco. O Brasil notifica cerca de 70% dos casos de dengue nas Américas, com a co-circulação de três sorotipos do dengue (DENV-1; DENV-2 e DENV-3). A doença vem afetando principalmente a população adulta e o sistema de vigilância mostra tendência crescente à hospitalização, aumento da gravidade da doença e da incidência em crianças e adolescentes. Encontra-se implantado, desde 2002, em todos os municípios brasileiros o Programa Nacional de Controle da Dengue (PNCD), onde no estado de Pernambuco, 40 municípios são classificados como prioritários. Segundo dados do Sistema Nacional de Vigilância Epidemiologia, no intervalo de janeiro a março de 2008, foram notificados 5.008 casos de dengue, que quando comparado com o ano de 2007, constatou-se uma diminuição de 30% no número de casos suspeitos. Em 2007, 37,5% dos municípios prioritários de Pernambuco encontravam-se em situações satisfatórias e 42,5% estavam em estado de alerta no que diz respeito à transmissão da doença. Dessa forma, apesar dos dados epidemiológicos estarem diminuindo é importante que haja iniciativas que privilegiem a rede de atenção primária como um espaço de promoção e prevenção a saúde da população em geral, diminuindo assim o número crescente de hospitalizações por suspeita ou casos de dengue.