Anais - 12º CBCENF
Resumo
Título:
PERCEPÇÕES DA HANSENÍASE SOB A PERSPECTIVA DO HANSENIANO
Relatoria:
Kathiucy de Souza Vieira
Autores:
- Lívia Lara Soares Arcoverde
- Aridiana Paula Neris Mudo
- Susanne Pinheiro Costa e Silva
- Milca Ramaiane da Silva Carvalho
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Integralidade do cuidado
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
INTRODUÇÃO: A hanseníase é doença milenar que progride lentamente, trazendo consigo a marca do preconceito, discriminação e exclusão social, desafiando conceitos e convicções sobre a sua problemática. OBJETIVO: Investigar a percepção dos pacientes em tratamento para hanseníase acerca da patologia. METODOLOGIA: O estudo teve abordagem qualitativa, respaldada na Teoria das Representações Sociais, com amostra constituída por dez pacientes em tratamento de hanseníase atendidos em uma Unidade Básica de Saúde do município de Petrolina-PE. Utilizou-se como instrumentos para coleta de dados a associação livre de palavras, questionário e entrevista semi-estruturada. RESULTADOS: A média das idades foi de 40,8 anos, com escolaridade até o ensino fundamental (80%). Quanto ao sexo, não houve diferenças significativas nesta amostra, embora no município de Petrolina prevaleçam doentes do sexo feminino (aproximadamente 60%). 80% dos pacientes atendidos residiam em zona urbana. A grande maioria (60%) não trabalhava por motivos relacionados às incapacidades ocasionadas pela doença. A associação livre de palavras revelou que a hanseníase é uma doença ruim, sendo difícil conviver com a mesma principalmente pela dor que sentiam. As entrevistas revelaram que os acometidos pouco sabem sobre a doença, prevalecendo conhecimentos errôneos principalmente sobre a forma de transmissão. Conviver com a hanseníase era difícil, pois os entrevistados relataram grandes mudanças no cotidiano desde o diagnóstico da doença. Embora achassem que as pessoas não tinham preconceito devido à enfermidade, alguns afirmaram que os amigos se afastaram após o início do tratamento. A forma de contágio foi atribuída principalmente ao “vento contaminado”. CONCLUSÕES: Apesar de estarem em tratamento, os pacientes entrevistados demonstraram falta de conhecimento acerca da doença, fato que precisa ser modificado. Conviver com hanseníase é difícil e constrangedor, modificando a rotina e deixando marcas e seqüelas.