Anais - 12º CBCENF
Resumo
Título:
PACIENTE ACOMETIDO POR ESCALPELAMENTO: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA EM ENFERMAGEM DO 1° CURATIVO PÓS ENXERTO
Relatoria:
LILIANE DA COSTA SANTOS CRUZ
Autores:
- Valéria Soares Pereira
- Andrea Cristina Cristina Pereira dos Santos
- Suenny Leal Melo
- Danielle Leal Sampaio
Modalidade:
Pôster
Área:
Integralidade do cuidado
Tipo:
Relato de experiência
Resumo:
OBJETIVO: Relatar a experiência de acadêmicas de enfermagem durante a troca do 1° curativo pós enxerto decorrente do escalpelamento. REFERENCIAL TEÓRICO: O escalpelamento constitui um grave acidente recorrente na Amazônia brasileira em regiões ribeirinhas, que provoca lesão traumática extensa em que ocorre a avulsão do couro cabeludo por vezes orelhas, pálpebras e grande parte da pele do rosto, provocado pelo contato dos longos cabelos das vítimas com o eixo do motor de barcos em alta rotação. METODOLOGIA: Trata-se de um relato de experiência de abordagem qualitativa vivenciada por alunas de graduação em enfermagem durante a prática hospitalar da disciplina Enfermagem Médico Cirúrgica em hospital de referência no atendimento às vítimas de escalpelamento. ANÁLISE DE RESULTADOS: O tratamento das vítimas de escalpelamento é um processo difícil e doloroso em que o resgate da auto-estima e a re-integração social do paciente se tornam um constante desafio. As intervenções cirúrgicas visam reparar e prevenir lesões mais graves da calota craniana e preparam a pele para um posterior enxerto. Neste momento pós enxerto, o curativo é de suma importância para uma boa evolução clínica. Com base nos dados levantados podemos sistematizar a assistência a partir dos diagnósticos levantados na fase do pós enxerto que foram: imagem corporal perturbada, isolamento social, risco para infecção, distúrbio do autoconceito, risco para a síndrome pós trauma e conforto prejudicado. Com os diagnósticos definidos é possível iniciar um plano de ação com a prescrição de cuidados específicos para este paciente. CONCLUSÃO: A assistência de enfermagem à paciente vítima de escalpelamento deve demandar grande sensibilidade do enfermeiro, este deve priorizar uma assistência biopsicossocial que deve ser refletida na elaboração da SAE. Sendo o processo terapêutico longo e doloroso a utilização de recursos que diminuam a dor e o desconforto são de grande contribuição na evolução do tratamento.