Nestas últimas décadas houve um aumento considerável dos níveis de violência em todo o mundo, podendo até ser considerado como uma epidemia, tornando-se assim, um grave problema de saúde coletiva. O impacto das causas externas na mortalidade infantil não é tão representativo porque atinge uma parcela muito pequena das crianças menores que um ano de vida, mas tem uma grande repercussão nas crianças em idade pré-escolar. Elas têm atingido grupos etários mais jovens, principalmente do sexo masculino, se comparados com o câncer e as doenças cardiovasculares e, se mantiver este perfil, poderá acarretar um desequilíbrio demográfico, além da diminuição na expectativa de vida. Desta forma, com o objetivo de descrever a importância da morbimortalidade por causas externas em crianças e adolescentes, utilizou-se uma revisão bibliográfica pertinente ao tema em periódicos e livros publicados a partir de 2000. Estas injúrias têm desbancado as doenças naturais, levando a morte prematura de nossa população, bem como deixando indivíduos seqüelados, mutilados e muitas vezes incapacitantes para o trabalho, por isso podemos considerá-la como uma “epidemia social”. Neste sentido, as estratégias devem estar relacionadas à detecção, prevenção e conseqüente redução dos fatores de risco para os acidentes e violências, bem como, políticas públicas que amenizem os prejuízos causados por estes agravos.