Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES), doença inflamatória crônica e auto-imune. Acomete, sobretudo, mulheres jovens e incide em múltiplos órgãos. Apresenta alterações imunológicas, com presença de anticorpos dirigidos contra proteínas do próprio organismo. Pressupondo que gestantes com LES devem ser acompanhadas pelo pré-natal de alto-risco, complementado também por ações da Unidade Saúde da Família, através, principalmente, de visitas domiciliárias (VD), esse relato tem como objetivo compreender a eficácia da visita domiciliária pelo(a) enfermeiro(a), à gestante portadora de LES. Consiste num relato de experiência, dos discentes de Enfermagem da UNIVASF, disciplina Saúde da Mulher e Gênero, integrantes do Núcleo de Estudos sobre Gênero e Saúde da Mulher (NUGEM), durante estágio, compreendido entre 20 à 31/03/2009, na USF Gercino Coelho, em Petrolina-PE, através de VD, realizada a A.M.S., 28 anos, portadora de LES, 25 semanas e 1 dia, parda, baixa renda e 2º grau incompleto. Durante a visita, um roteiro específico foi aplicado, em que se detectou: GIIPIA0; DUM 05/10/08; DPP 13/07/2009; A+; 08 consultas pré-natais; queixando-se de lombalgia, dispnéia e tontura; sangramento vaginal há 15 dias; rash cutâneo em forma de borboleta, característico da patologia; realizada manobra obstétrica de 1º tempo e medida de fundo uterino, 23 cm; eliminações presentes; edema em MMII (++/4+); USG com apresentação córmica; exames laboratoriais com leucopenia e bacteriúria, sendo tratado com cefalexina; P.A 130 x 90 mmHg, fazendo uso de metildopa e prednisona. Foi percebido que o LES agravou-se com a gestação, e por isso, A.M.S. fará laqueadura tubária subseqüente ao parto. Ao experienciar cuidar dessa gestante notou-se a importância do pré-natal, complementado com ações no domicílio, pois existe a necessidade de uma equipe multidisciplinar que atenda integralmente essa mulher.