O Lúpus Eritematoso Sistêmico não é uma doença muito fácil de lidar, considerada crônica, possui peculiaridades em relação aos cuidados e a atenção dispensada ao portador. A família pode enfrentar um grande número de mudanças em suas vidas quando vivem com alguém com uma doença crônica. Tivemos como objetivo desvelar a percepção do familiar destes portadores, compreendendo como é conviver com as crises e aflições impostas por essa patologia. Adotou-se abordagem qualitativa utilizando a vertente fenomenológica: descrição, redução, e interpretação. Após serem cumpridas as exigências éticas, da Resolução n° 196/96, do Conselho Nacional de Saúde e o projeto de pesquisa ser aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UNIFAL-MG, fomos ao encontro dos sujeitos. Foram 10 familiares de portadores de Lúpus Eritematoso Sistêmico da cidade de Alfenas-MG, abordados pela questão norteadora "Como é para você cuidar de um familiar que possua Lúpus? Como você se sente?". Em seguida foram agrupadas em 3 categorias e 3 subcategoria:Sentimento: antes do diagnóstico, nos primeiros momentos após o diagnóstico e sentimento atual em relação à convivência com o portador da patologia, referem ao sentimento do familiar suas dúvidas, anseios e medos, antes e no momento que recebeu o diagnóstico e o sentimento atual, depois de enfrentar o dia-a-dia ao lado do portador; Mudança de hábitos após o diagnóstico: aponta as modificações sofridas no cotidiano deste familiar depois da descoberta do Lúpus e Enfrentando situações constrangedoras: mostra situações difíceis que estes familiares enfrentaram, do preconceito ao desrespeito. Ter um portador de Lúpus Eritematoso Sistêmico faz com que os familiares se deparem com situações difíceis tanto em relação ao desconhecimento da doença, quanto a todas as mudanças geradas na sua rotina de vida.