A meningite é uma inflamação das meninges e do L.C.R. interposto que se estende por todo o espaço sub-aracnóide em torno do encéfalo e da medula espinhal e costuma envolver os ventrículos. São vários os tipos de meningites, sendo elas causadas pelos mais variados microrganismos. Objetivos: Este trabalho objetiva demonstrar o perfil epidemiológico da meningite em uma unidade de saúde a fim de exemplificar o atendimento primário do SUS. Metodologia: Descreve o perfil epidemiológico da doença meningocócica na UBS/ Pedreira da cidade de Belém entre setembro de 2007 a setembro de 2008, a partir de estudos bibliográficos, de documentos da unidade e da observação do espaço físico. Análise de resultados: Na UBS é feito o diagnóstico através da punção lombar, é aguardado o resultado do exame em boxes de isolamento improvisados. Dos 1316 casos suspeitos analisados, a maior incidência é de pacientes vindos do interior do estado com 35,41% do total e de hospitais e unidades públicas de saúde com 76,13% dos casos. A meningite bacteriana é a mais incidente com 13,08%, seguida pela meningite viral com 12,2%. As crianças (de 0 a 5 anos) representam a maioria dos casos suspeitos com 33,70%, devido características particulares que lhes conferem certa susceptibilidade. As manifestações mais comuns são a hipertermia, cefaléia, vômito e a rigidez nucal. Conclusão: Os dados demonstram uma contradição às diretrizes do SUS, principalmente de descentralização. Devido a falta de atendimento primário adequado em todas as unidades de saúde, outras poucas acabam sobrecarregadas de pacientes, o que reflete no atendimento à comunidade, em custos desnecessários e no rendimento profissional. Requer então uma melhor organização e manutenção do atendimento primário, com redução de custos, melhoria do cuidado e das condições de trabalho, refletindo não somente na redução de casos dessa doença ainda tão incidente como também sobre todo os programas de atendimento que a política SUS abrange.