Anais - 12º CBCENF
Resumo
Título:
ADOLESCENTES E O USO DE PRESERVATIVOS: POR QUE ADERIR OU NÃO A ESTA PRÁTICA?
Relatoria:
Agnes Caroline Souza Pinto
Autores:
- Patrícia Neyva da Costa Pinheiro
- Adna de Araújo Silva
- Giselle Lima de Freitas
- Darlene de Araújo Silva
Modalidade:
Pôster
Área:
Integralidade do cuidado
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
No Brasil, tem-se ampliado o acesso ao preservativo dos jovens com mais de 14 anos, assim como cresce o número de escolas que desenvolvem atividades de prevenção das IST/AIDS dedicadas a essa faixa etária. Mas um dos grandes obstáculos é o fato das políticas públicas não considerarem a cultura das populações focalizadas. Com a finalidade de contribuirmos para a prevenção das IST/AIDS, objetivamos investigar no universo dos adolescentes os motivos pelos quais estes se previnem das IST/AIDS ou desvalorizem esta prevenção. Trata-se de um estudo descritivo com abordagem etnográfica, realizada numa escola da rede pública e estadual de Fortaleza-CE. A população foi composta de vinte adolescentes do sexo masculino, dentro da faixa etária de 12 a 18 anos e que cursam o ensino fundamental e médio. A coleta de dados foi feita por meio de uma entrevista semi-estruturada e registros em um diário de campo. A análise do conteúdo adotado seguiu a orientação apresentada por Bardin (1997). Os resultados foram divididos em duas categorias: por qual motivo usamos o preservativo? e por qual motivo desvalorizamos a prevenção?, as quais em contraste nos mostraram o modo como estes adolescentes se comportam em relação ao uso do preservativo. As informações obtidas com esses adolescentes mostraram que a camisinha é vista como a grande “salvadora” para não engravidar suas parceiras em detrimento do risco de se contaminarem com alguma IST; que a proporção do uso do preservativo é menor entre aqueles que têm relacionamento fixo em comparação aos relacionamentos sexuais com parceiro não fixo; e que nas relações que envolvem afeto, a exemplo, o namoro, é comum a sensação ilusória de invulnerabilidade. Consideramos que o estímulo ao uso do preservativo deve incluir a dimensão de erotismo e da praticidade e não apenas o medo, já que o uso daquele é oposto da espontaneidade que se costuma atribuir ao sexo e à juventude.