Anais - 12º CBCENF
Resumo
Título:
A DOR DO RECÉM-NASCIDO INTERNADO EM UTI NEONATAL: PERCEPÇÃO MATERNA
Relatoria:
MARCELLE LIMA LEITE
Autores:
- Simone Miranda Barbosa
- Karla Maria Carneiro Rolim
Modalidade:
Pôster
Área:
Integralidade do cuidado
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
A maternidade é um sonho inerente a quase todas as mulheres, e quando este se concretiza através da certeza de uma gravidez, inúmeros sentimentos são desencadeados, como felicidade, medo pelo inesperado, ansiedade pela condição de saúde do bebê ao nascer, bem como a sua idealização. Entretanto, esse sonho nem sempre acontece como o previsto, pois pode ocorrer alguma situação inesperada ocasionando assim a separação do binômio mãe e filho, onde o recém-nascido (RN) é então encaminhado à Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN). O objetivo do estudo foi descrever a percepção materna acerca da dor de seu filho RN internado em UTIN. Trata-se de um estudo de caráter exploratório-descritivo, com abordagem qualitativa, realizado na UTIN da Maternidade-Escola Assis Chateaubriand (MEAC), em Fortaleza-CE. Os sujeitos foram dez mães de bebês internados na UTIN no da coleta da dados que ocorreu no período de agosto de 2008 a janeiro de 2009, e teve dois momentos: primeiramente foi observado à percepção materna quanto à dor do RN durante os procedimentos realizados na UTIN; no segundo momento foi realizada uma entrevista com questões elaboradas pelas pesquisadoras. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética da Instituição, em consonância com a Resolução 196/96. As falas foram submetidas à análise exaustiva à luz da literatura pertinente, de onde foram extraídos alguns temas. Observou-se, então, que as mães são capazes de perceber a dor e o sofrimento provindos de seus filhos internados em UTIN, ocasionando-lhes extrema angústia, sofrimento e desesperança. Concluímos que a UTIN se caracteriza em um ambiente assustador para o binômio mãe e filho, onde o bebê é manuseado várias vezes ao dia por procedimentos rotineiros e dolorosos. A mãe, inserida neste contexto hostil, percebe diretamente a dor do seu filho, cabendo, portanto, à equipe de Enfermagem realizar um maior acolhimento a esta mãe afim de que a mesma possa participar ativamente da terapêutica de seu filho.