O aumento do número de casos em mulheres contaminadas pelo HIV pode ser considerado como o reflexo dos aspectos culturais que permeiam a educação sexual e o desenvolvimento da sexualidade feminina. Em razão do crescente número de mulheres infectadas em idade fértil, vem-se observando que, atualmente, a quase totalidade de casos de contaminação pelo HIV, em menores de 13 anos, acontece através da transmissão vertical. A pesquisa apresentou como objetivo avaliar o conhecimento e a percepção das gestantes em relação à realização da sorologia para HIV durante o acolhimento pré-natal. O estudo foi desenvolvido em um hospital-maternidade público de grande porte, situado em Fortaleza-Ceará. A pesquisa teve caráter descritivo e utilizou abordagem qualitativa. Foram selecionadas dez gestantes. As informações foram coletadas nos meses de março e abril de 2009, através da aplicação de uma entrevista e analisadas de acordo com a literatura vigente. Foi obedecido o que preconiza a Resolução 196/96 (CONEP, 1998), quanto aos aspectos éticos da pesquisa com seres humanos, o qual foi aprovado pelo comitê de Ética em Pesquisa da Universidade de Fortaleza conforme o Parecer n° 026/2009. Conclui-se que o conhecimento apreendido pela maioria das gestantes acerca da importância da realização Sorologia para o HIV pode ser considerado adequado, uma vez que, estas mulheres referiram a percepção da sua importância para a manutenção da saúde do binômio mãe-bebê, bem como para iniciar tratamento precoce, caso o resultado seja positivo. Porém alguns conceitos referentes à infecção e a realização da Sorologia para o HIV foram apreendidos incorretamente, bem como a maioria das gestantes não incorporou de forma efetiva e rotineira as práticas preventivas relacionadas à transmissão do HIV, inclusive verticalmente.