Anais - 12º CBCENF
Resumo
Título:
O IMPACTO DA DOR AGUDA EM UM CONTEXTO DE GÊNERO
Relatoria:
Margaret Olinda de Souza Carvalho e Lira
Autores:
- Maria de Fátima Alves Aguiar Carvalho
- Charlene Pereira de Paiva Lima
- Cecília Coelho Xavier
- Aridiana Paula Neris Mudo
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Ética e bioética: respeito às diferenças
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
O estudo aborda o impacto da dor numa perspectiva de gênero. A amostra envolveu 60 clientes, sendo 50 % constituída por homens e 50 % por mulheres com idade entre 18 a 60 anos e quadro de dor aguda admitidos nos serviços de emergência e clínica cirúrgica de um Hospital Público de Petrolina – PE. Todos os participantes deveriam ser portadores de dor aguda, encontrar-se orientados e capazes de comunicação verbal. Utilizando uma metodologia descritiva e analítica buscou-se investigar as diferenças de percepção da dor entre homens e mulheres. Através da analise dos dados constatou-se diferenças de percepção da dor entre homens e mulheres. 63,33% das mulheres reportaram a percepção de máxima dor possível na escala de mensuração, enquanto que os homens somente 23,33% indicaram a mesma intensidade. O uso de analgésicos foi comprovado em 93,33% dos homens e 83,32% das mulheres. 30% dos Homens e 40% das mulheres apresentaram dor mais intensa relacionada aos agravos do sistema osteomuscular. Foram investigados 12 componentes emocionais: raiva, tristeza, medo, frustração, ansiedade, depressão, choro, resmungo, gemido, irritabilidade, inquietação e imobilização. Em 46,66 % dos homens a irritabilidade foi o componente de maior expressão enquanto que na mulher o componente predominante foi o choro (56,66%). Dos componentes cognitivos analisados: memória, pensamento, decisão e raciocínio, encontravam-se preservados em 100% dos homens e alterados nas mulheres (memória, 6,66%; atenção, 36,66%; pensamento, 23,33%; decisão, 13,33%; raciocínio, 33,33%). Na observação da expressão facial em resposta à dor, 46,66% dos homens e 73,33% das mulheres reagiram com caretas. Pelo seu caráter subjetivo a dor representa uma experiência preenchida de significados os quais dificultam a sua avaliação por parte da equipe de saúde e relato por parte do cliente. Deste modo ao abordar o cliente com quadro de dor cabe ao profissional dispensar a merecida atenção para as diferenças de sexo e gênero.